quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Acidente por Escorpiões

Acidente por Escorpiões Os acidentes escorpiônicos (ESCORPIONISMO) ocorrem com freqüência e são potencialmente graves em extremos de faixa etária. 50% dos acidentes notificados provêm dos Estados de Minas Gerais e de São Paulo e a maioria em meses quentes e chuvosos. Os escorpiões de importância médica pertencem ao gênero Tityus e são: T.serrulatus, T.trivittatus, T.bahiensis e T.stigmurus. Registra-se grande dispersão do T.serrulatus devida reprodução por partenogênese. A maioria dos casos tem curso benigno. Letalidade é de 0,58%, os óbitos tem sido associados, com maior freqüência, a acidentes causados por T.serrulatus, ocorrendo mais comumente em crianças menores de 14 anos. Os escorpiões inoculam o veneno pelo ferrão ou telson, localizado no último segmento da cauda. São animais carnívoros, alimentam-se principalmente de insetos, como baratas e grilos. Com hábitos noturnos, durante o dia estão sob pedras, troncos, entulhos, telhas, tijolos. ESCORPIÃO (Tityus) Os escorpiões são pouco agressivos e têm hábitos noturnos. Encontram-se em pilhas de madeira, cercas, sob pedras e nas residências. Duas espécies merecem maior atenção médica: T.serrulatus (amarelo) e T.bahiensis (marrom). Ações do Veneno: Estudos experimentais demonstraram que veneno bruto ou frações purificadas ocasiona dor local e efeitos complexos nos canais de sódio, produzindo despolarização das terminações nervosas pós-ganglionares, com liberação de catecolaminas e acetilcolina. Estes mediadores determinam o aparecimento de manifestações orgânicas decorrentes da predominância dos efeitos simpáticos ou parassimpáticos. Quadro Clínico: Acidentes por T.serrulatus são os mais graves. A dor local (ardor, queimação ou agulhada) pode ser acompanhada por parestesias, aumentar de intensidade à palpação e irradiar-se para a raiz do membro acometido. Ponto(s) de inoculação nem sempre são visíveis, na maioria dos casos, há apenas discreto eritema e edema, podendo-se observar também sudorese e piloereção local. Nos acidentes moderados e graves, principalmente em crianças, após minutos até poucas horas (2-3h), podem surgir manifestações sistêmicas. Manifestações Sistêmicas: Gerais: hipo ou hipertermia e sudorese profusa. Digestivas: náuseas, vômitos, sialorréia e, mais raramente, dor abdominal e diarréia. Cardiovasculares: arritmias cardíacas, hiper ou hipotensão arterial, insuficiência cardíaca congestiva e choque. Respiratórias: taquipnéia, dispnéia e edema pulmonar agudo. Neurológicas: agitação, sonolência, confusão mental, hipertonia e tremores. A gravidade do quadro clínico depende de vários fatores como espécie e tamanho do animal agressor, quantidade de veneno inoculado, número de picadas, massa corporal da vítima e sensibilidade ao veneno, tempo decorrido entre o acidente e o tempo de atendimento médico.

Vigilância Ambiental alerta para a presença de escorpiões em Joinville

A Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal da Saúde de Joinville, no Norte de Santa Catarina, alerta para o aparecimento de escorpiões em alguns pontos da região central da cidade. Alguns animais foram capturados, porém, a busca por mais escorpeões continua com a verificação e limpeza dos locais. Há relatos de presença de escorpiões também no bairro Espinheiros e as espécies encontradas em Joinville não são nativas da região. São mais comuns nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil, mas conseguem se adaptar facilmente a outras regiões, o que contribui para sua sobrevivência e proliferação. saiba mais Quantidade de escorpiões em bairro de Itajaí, SC, preocupa moradores Estas espécies chegam a Joinville de carona em transportadoras que circulam pelas regiões endêmicas. Por isso, a Secretaria da Saúde está enviando um ofício aos centros de distribuição de produtos localizados em Joinville com orientações e cuidados com o manuseio de material, limpeza dos locais e para notificação em caso de encontrarem algum escorpião. Os fiscais sanitaristas também estão dando orientações durante suas visitas a estabelecimentos que recebem produtos de outros estados, como verdureiras e fruteiras. Até esta terça-feira (13) apenas um acidente com escorpião foi registrado na cidade, no bairro Floresta. A vítima estava fazendo o descarregamento de produtos vindos de Minas Gerais quando foi picada. O paciente foi encaminhado ao Hospital Municipal São José, onde recebeu soro antiescorpiônico. As Vigilâncias Epidemiológica e Ambiental fizeram uma investigação na região, mas nenhum outro exemplar foi encontrado, afastando a hipótese de mais escorpiões e proliferação do animal em outros pontos onde houve a descarga do mesmo caminhão. Os escorpiões se escondem em pilhas de telhas, madeira e tijolos, entulhos e terrenos baldios. Alimentam-se de insetos, principalmente baratas, por isso a importância de manter os terrenos limpos. Em serviços de jardinagem, é indispensável o uso de luvas e botas. O escorpião só ataca quando alguém ou outro animal encosta nele. Ao ser atacada, a pessoa deve se dirigir a uma unidade de saúde, que avaliará o caso e encaminhará a uma unidade de referência, que em Joinville são os hospitais São José, Regional e Materno Infantil. Se for possível e seguro, o escorpião deve ser levado para ajudar na identificação da espécie. O caso considerado leve, apenas com dor local, será tratado com analgésico. Se for considerado moderado, o paciente será submetido a soro antiescorpiônico, disponível na rede pública de saúde gratuitamente. A Vigilância Ambiental disponibiliza os números (47) 3432-2337 e (47) 3433-1660 para que a população faça o alerta caso aviste um animal da espécie.

Medida de ministério vai cortar verba de ambulância do Samu parada Administradores locais terão de informar sobre trabalho das unidades. Quem ficar 3 meses sem atualizar cadastro, ficará sem repasse.

O Ministério da Saúde publicou nesta terça-feira (9), no Diário Oficial da União, portaria que estabelece o prazo de 60 dias para que gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) de todos os municípios cobertos pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) cadastrem suas ambulâncias e centrais de atendimento num sistema nacional que pretende aumentar o controle sobre o serviço. De acordo com nota divulgada pelo ministério, a medida tem como objetivo evitar que ambulâncias fiquem paradas. Os gestores locais terão de informar, mensalmente, ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) a “produção” de cada uma das unidades. Os municípios que não atualizarem o banco de dados por mais de três meses consecutivos, terão as verbas para as ambulâncias e centrais suspensas. Assim que o cadastro for atualizado, o repasse de recursos será retomado. saiba mais SUS amplia oferta a tratamentos para parar de fumar “Na prática, significa que as ambulâncias paradas não vão continuar recebendo recursos federais”, afirmou o Secretário de Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, segundo a nota do ministério. Atualmente, existem 2.528 ambulâncias do SAMU 192 que oferecem cobertura a 135 milhões de brasileiros.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Diário Oficial publica aumento de repasse para o Samu

Thais Leitão Repórter Agência Brasil Brasília - As novas diretrizes para implementação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e de sua Central de Regulação das Urgências estão publicadas na edição de hoje (19) do Diário Oficial da União. De acordo com a portaria do Ministério da Saúde, os valores dos próximos repasses às unidades de Suporte Avançado (USA) e às unidades aeromédicas habilitadas, que têm equipes preparadas para procedimentos de alta complexidade, terão um acréscimo de 40%, passando de R$ 27,5 mil para R$ 38,5 mil por mês. Já para as unidades que melhoraram os serviços, conforme critérios da pasta, o montante passará de R$ 45.925 para R$ 48.221 mensais. Também haverá aumento de recursos para as unidades de Suporte Básico (USB), que atualmente recebem R$ 12,5 mil por mês e passarão a receber R$ 13.125. Para as USB qualificadas, o valor subirá de R$ 20.875 para R$ 21.919 por mês. De acordo com o Ministério da Saúde, com as novas diretrizes, a verba de custeio repassada pela pasta ao Samu terá um incremento de 19%, ao passar de R$ 744 milhões para R$ 884,2 milhões ao ano para toda a rede. Os recursos são destinados à capacitação de profissionais e à manutenção das equipes e equipamentos das unidades móveis. Pela portaria, os valores de investimento destinados à ampliação de centrais de Regulação ou para a construção de unidades também terão acréscimo. Os recursos repassados aos municípios com até 350 mil habitantes aumentarão 116%, passando de R$ 100 mil para R$ 216 mil. Já as cidades com número de habitantes entre 350 mil e 3 milhões receberão 133% de aumento, passando de R$ 150 mil para R$ 350 mil. Para os municípios com mais de 3 milhões de habitantes, haverá elevação de 151% (de R$ 175 mil para R$ 440 mil). Atualmente, o Samu tem 181 centrais de Regulação em 2.538 municípios. Em todo o país, o Ministério da Saúde já habilitou 2.969 ambulâncias, sendo 2.215 unidades de Suporte Básico, 557 unidades de Suporte Avançado e 197 motolâncias.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

O assunto que está dando o que falar na área de saúde, no Brasil, atualmente é o programa do Governo Federal que prevê a contratação de médicos estrangeiros para trabalhar no SUS, “ o Programa Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde, que prevê mais investimentos em infraestrutura dos hospitais e unidades de saúde, além de levar mais médicos para regiões onde há escassez e ausência de profissionais. Com a convocação de médicos para atuar na atenção básica de municípios com maior vulnerabilidade social e Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), o Governo Federal garantirá mais médicos para o Brasil e mais saúde para você. A iniciativa prevê também a expansão do número de vagas de medicina e de residência médica, além do aprimoramento da formação médica no Brasil.” Saiba mais: http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/index.cfm?portal=pagina.visualizarTexto&codConteudo=11675&codModuloArea=1055&chamada=sobre-o-mais-medicos O CFM (Conselho Federal de Medicina) ingressou com ação na Justiça Federal contra o programa Mais Médicos, anunciado pelo governo federal, em 09 de julho. O CFM questiona a vinda dos médicos estrangeiros sem validação de diplomas, a falta de comprovação do domínio da língua portuguesa pelos candidatos e criação do que chamou de "subcategorias de médicos, com limitação territorial". Para o Conselho Federal, esses médicos serão "jogados" na periferia das cidades ou em locais longínquos do País, "sem nenhum controle de sua capacidade técnica", advertindo que esta "é uma atitude, no mínimo, temerária, para não dizer criminosa". O conselho, que promete novas ações contra o programa, classifica a Medida Provisória que trata do Mais Médicos como "oportunista", justificando que o governo anuncia o programa, "se aproveitando do clamor público oriundo das ruas para editar uma legislação simplesmente populista". Aponta, também, para "os riscos" pelo "não domínio da língua portuguesa pelos médicos estrangeiros, que afetaria a comunicação verbal nas consultas e escrita, no momento da prescrição de receitas" e diz que "estas gritantes incongruências" exigem uma medida suspensiva do programa por "precaução"para que se "evite a perpetração de danos à saúde dos destinatários deste famigerado Projeto Mais Médicos para o Brasil". O objetivo inicial da ação do Conselho de Medicina, ingressado na Justiça na sexta-feira, 19, é suspender a continuidade do programa Mais Médicos. Para isso, a entidade pede à Justiça que "os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) não sejam obrigados a efetuar o registro provisório dos médicos intercambistas que aderirem ao Projeto Mais Médicos para o Brasil, sem a comprovação documental da revalidação dos diplomas emitidos por universidades estrangeiras, bem como da apresentação de certificado CELPE/BRAS para os estrangeiros até que o mérito desta questão possa ser analisado pelo Poder Judiciário". O CFM ressalva, no entanto, "que ação não é contra a presença de médicos estrangeiros em território brasileiro, mas pelo cumprimento da exigência legal de que demonstrem efetivamente sua capacidade técnica para o exercício da profissão médica, nos termos do arcabouço legislativo já existente". Segundo o Conselho, é "genérica" a exigência feita no texto da MP nº 621 de que os estrangeiros deverão possuir conhecimentos de língua portuguesa, já que o texto não especifica os critérios de habilitação do nível desse conhecimento da língua. No entendimento do CFM, "a generalização foi propositalmente inserida para, na prática, ignorar este importante requisito e permitir que profissionais exerçam a medicina no território brasileiro sem ter o domínio necessário do idioma nacional", lembrando que "não há, inclusive, citação de comprovante deste domínio dentre os documentos a serem apresentados ao CRM para expedição de registro provisório". O Conselho de Medicina argumenta, ainda, que a MP que cria o programa Mais Médicos, "não apresenta urgência". Para o CFM, o trecho da MP que dispensa os médicos estrangeiros do exame que revalide seu diploma, é uma "afronta à Constituição Federal, na medida em que dá tratamento diferenciado a médicos estrangeiros ou brasileiros formados em universidades estrangeiras que aderirem ao Projeto Mais Médicos para o Brasil; mas que deveriam estar, constitucionalmente, no mesmo patamar dos demais que não aderirem a tal Projeto". O Conselho lembra ainda que decisões já tomadas pela Justiça Federal, em processos movidos no Tocantins e no Acre, são favoráveis à tese do CFM. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.